Qualquer trabalho de registo, resgate de patrimônio ou escrita da história de uma região passa necessariamente pela dimensão das memórias individuais e coletivas de homens e mulheres comuns que guardam em seus discursos percepções, lembranças, afetos, conflitos, saudades e sociabilidades em torno do som e de práticas musicais locais.
Esta secção apresenta uma série de testemunhos de agentes interventivos da Região de Aveiro em torno de instituições, bandas, práticas performativas, acervos pessoais e privados, dentre outros fatores, sempre em entrevistas curtas, porém repletas de saberes e conhecimentos ao redor dos sons e das memórias. Trata-se de um repositório vivo de lembranças e afetos de cidadãos que frequentemente seriam esquecidos pela “história oficial” mas que são parte integrante e essencial do patrimônio cultural local.